12.09.2005
Assim sendo, e para gáudio de todos (o Rui...) os visitantes deste blogue, apartir deste momento só colocarei imagens de mulheres nuas, cavalos, anões e malabaristas... em poses arrojadas é claro! E sempre com significados metafísicos...
AZUL
AZUL
"Eu era contrário ao Azul.
Eu desconfiava de sua ubiquidade.
Eu era anti-Klein, Yves Klein era um artista cheio de si, um poseur.
Eu costumava dizer que o azul não existe enquanto cor, que o azul do céu é uma ilusão.
Isso, porque o céu não é algo concreto, mas um vazio que - como todos sabem através do fenômeno da noite e das odisséias espaciais - é negro. Se o mar é um reflexo do céu, seu azulado também é uma ilusão - ou pior - uma ilusão de uma ilusão.
O azul do olho é um truque da luz, concebido para sustentar eugenias germânicas. Se você tentasse extrair o azul do olho, não conseguiria.
Impossível reter cristais azuis ou fluido azul na palma da mão. Miosótis são azuis. Bem-me-quer, mal-me-quer azul. Já sinto o azul no cerne azulado da própria flor.
Lápis-lazúli ? Entramos na zona do difícil. O azul foi feito para ser exclusivo da Virgem Maria, colhido das minas longínquas das Montanhas Urais. A quintessência da imaginação religiosa. Jacintos, celacantos, a baleia azul - anomalias, híbridos, quimeras.
Difícil ser contrário ao azul para sempre. (...)".
Este texto é o prefácio que Peter Greenaway escreveu para o romance "Blu", do escritor italiano Giovanni Bogani.
11.30.2005
11.29.2005
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11.24.2005
11.14.2005
Máquina do Mundo
"O Universo é feito essencialmente de coisa nenhuma.
Intervalos, distâncias, buracos, porosidade etérea.
Espaço vazio, em suma.
O resto, é a matéria.
Daí, que este arrepio,
este chamá-lo e tê-lo, erguê-lo e defrontá-lo,
esta fresta de nada aberta no vazio,
deve ser um intervalo."
António GedeãoFoto: cmmr, Edimburgo
11.13.2005
11.08.2005
11.07.2005
11.03.2005
Sinopse
...what do you see?...
I SEE... o corpo como o objecto mais pessoal que possuímos mas, simultaneamente, aquele através do qual nos damos, de imediato, na interacção social. Assim sendo, o corpo é um objecto social, um objecto público, no sentido em que as representações que dele temos são socialmente construídas e partilhadas e porque é, por excelência, um objecto de troca social. Palco privilegiado dos paradoxos e dos conflitos, o corpo como obra de arte é o corpo teatralizado, palco onde as palavras são encenadas. Tal qual nas cidades povoadas pelos murais e outdoors, uma nova forma de escritura se estabelece. Claramente, a experiência do corpo é sempre modificada pela experiência da Cultura. É nesse sentido que vai a minha visão do corpo... corpo como matéria como signo. É objecto de troca e de consumo. Na expressão de Baudrillard (1970), é mesmo “o mais belo objecto de consumo”.
CMMR
participação no projecto "Este é o meu corpo" http://esteeomeucorpo.blogspot.com